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Curitiba, PR, Brazil
Uma partícula do universo, que vive e interfere nele... Nasci em Curitiba, sempre vivi aqui... minhas raizes, minhas obras, meus acertos e desacertos...

MINHAS POESIAS




FELICIDADE



Já caminhei pela vida
Em busca não sei de quê!




Caminhei por longas estradas agrestes
Com árvores secas e marcadas
Maltratadas e violentadas
Pelo prazer sádico do vento,
Que não cantava
Mas esbravejava sua força
Contra aquele arvoredo
Que nada fazia além
De se conformar com o seu destino...


Por estas estradas passei,
Qual viajante andarilha,
Que já cansada, faminta
Anda às tontas à procura de pão!
Busquei e a vi ao longe
Entre as neblinas da noite...
Brilhava qual luz diáfana
Dançando entre véus
De minha fantasia!


Vaguei,
Segui pela mata verde
Subi ao píncaro do monte
E lá em cima,
Como deusa e senhora de tudo,
Na plenitude do espaço,
Estava lá...
Na choupana humilde à beira mar,
Entre o pescador e sua família,
Todos juntos,
Partilhando o mesmo pão e o mesmo peixe!


Depois...
Na noite de luar,
Dedilhando seu violão,
Dedicou à sua amada
Lindas canções de amor!
E ela... sua eterna namorada
Fingindo não sentir nada,
Mirava sua formosura
Na águas tranquilas do mar!


 
Caminhando sempre
Cheguei à cidade grande
Meio confusa perdida...
Meus olhos perplexos
Buscavam-lhe em vão...
Andei como louca,
Perguntei quase rouca,
Se alguém sabia de você.
Senti em minha cabeça
A volúpia dos grandes centros.
Desesperada,
Procurei um lugar à parte!
E foi lá que a encontrei...
No canto de um bar,
À meia luz , na mesa posta para dois...
Mãos entrelaçadas,
Olhos postos no outro,
Uma canção em surdina,
Estava lá entre os dois!



Já cansada,
Como refugiada,
Procurei um abrigo
Para meu corpo descansar...
Chegando ao convento,
Meu pensamento era saber se estava lá!
Resposta alguma obtive
Para meu espírito repousar!
E foi assim deprimida,
Com a alma triste e sentida,
Que passei a noite toda
A olhar nas coisas todas,
Algo que me falasse de você...


Ao amanhecer,
Já me encontrava descendo,
Caminhando e pensando
Em direção à capela.
Lá chegando,
Volvi meu olhar e a vi!
Meu ser inteiro vibrou!
Prostrada aos pés do altar,
De mãos postas,
Vestida de branco,
Qual anjo caído do céu...
Em suas faces rosadas,
Seus olhos meigos e límpidos,
Fitando a Deus no infinito...
Um sorriso bailava em seus lábios
Confortando-me da angústia anterior.



Feliz,
Saí vagando pelas ruas,
E, novamente, a vi.
Estava ajoelhada,
Na calçada de barro batido,
Brincando
Num círculo feito por suas mãos
E onde outras tantas mãozinhas
Brincavam com tantas bolinhas...
Grandes olhos espertos
Corriam buliçosos
De mão em mão...
Os sapatos estavam rasgados,
As calças remendadas,
Mas, nada disso importava...
Era parte deste mundo!



Caminhando,
Em campos repletos de primavera,
Deitei na relva macia...
Qual não foi o meu espanto,
Como num suave quebranto
Estava junto a mim.
Senti como que mãos delicadas
Acariciavam meus cabelos.
Cerrando meus olhos,
Eu fui feliz!
Senti que pra VOCÊ
Também comecei a existir...


Nestes versos que escrevi,
Por todo o lugar que passei,
Pela vida que percorri,
Sempre a encontrei.
Senti uma alegria imensa em saber
Que estava aqui e ali,
No céu e no mar,
No bar e no claustro,
Nos vales e montanhas,
Nos bairros e cidades,
Com crianças e anciãos!


Muitos versos hei de escrever
Porém,
Nenhum tão lindo como estes,
FELICIDADE...
Que falam só de VOCÊ!



Sônia Maria
1968






AMOR



Quando fechares os olhos,
E sombras ocultas
Trouxerem temores ao teu coração,
Lembra-te de mim
Quero ser tua paz,
Quero ser teu amor!
Cada vez que teu espírito
Estiver conturbado e irrequieto,
Lembra-te de mim
Serei o bálsamo,
Serei uma luz,
Quero ser teu anjo bom!



Sônia Maria
1972












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